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Os Hormônios da Ansiedade

Não vamos nos ater aqui a parte mais detalhada da medicina, pois existe uma série de nomes e nomenclaturas que somente os doutores precisam saber. O importante é você compreender tudo o que acontece de forma mais objetiva. Como diriam “no bom e velho português”, sem melindres e sem palavras rebuscadas, com aqueles nomes de neurotransmissores que parecem vindos de um filme de ficção científica.


cérebro fictício sendo frito em óleo quente em uma frigideira

Então, vamos lá percorrer os caminhos do nosso corpo:

  • Cérebro: Os gatilhos da ansiedade atingem a amígdala cerebral de forma desproporcional e isso faz com que a serotonina entre em desequilíbrio. Como consequência desse descompasso, a adrenalina é liberada no organismo em alta quantidade, desencadeando os demais sintomas. Mas não confunda essa amígdala com a que está localizada na sua boca. Essa aqui está localizada na parte mais profunda do nosso cérebro. Entre as suas funções está o processamento e a interpretação de todos os sinais sensoriais que nos rodeiam, além de servir de alerta para o cérebro sobre os perigos existentes. Acontece que existe outra área no cérebro que devemos mencionar – o Hipocampo. Ele é uma formação pequena e curva ligada à nossa memória emocional. É ele quem mais sofre quando o cérebro é acometido de um profundo impacto e por longo tempo causado pela ansiedade. Por isso, as perdas de memória, os problemas de concentração ou o estresse pós-traumático.


  • Olhos: Apesar da dilatação da pupila e a entrada de mais luz no nosso cérebro, a visão fica prejudicada. A pessoa sente os olhos turvos e embaçados.

  • Músculos: Por entrar no modo de “luta ou fuga”, o ansioso acaba por estimular a contração muscular.

  • Peito: Muitas pessoas que passam por uma crise de ansiedade acreditam estar infartando. Isso acontece por causa do aumento da circulação do sangue em função da aceleração dos batimentos cardíacos. Esse descompasso exige um maior consumo de oxigênio e, por causa disso, a respiração fica curta. Como consequência, falta de ar, tontura e vertigem.

  • Coração: Conforme dito no item anterior, há um aumento dos batimentos cardíacos, provocando taquicardia e aumento da pressão arterial.

  • Estômago: Muitas pessoas sentem dor, enjoos e ânsia de vômitos. Tudo por causa da liberação de adrenalina e cortisol que acaba interferindo no estômago.

  • Intestino: Lá vem a adrenalina de novo, fazendo você ficar com prisão de ventre. Por causa dela, o intestino acaba recebendo uma quantidade de sangue insuficiente, prejudicando todo o funcionamento.

  • Mãos: O famoso suor frio. E por que isso acontece? Como não recebem sangue suficiente, as extremidades acabam ficando frias. Além disso, com a hiperestimulação do sistema nervoso, há o surgimento de tremores.

  • Pele: Sabe aquela sensação de formigamento ou coceira? É em função do aumento do fluxo sanguíneo na pele.


Dito isso, tem apenas mais uma coisinha que devemos deixar claro. Aqui em cima, descrevemos os efeitos da ansiedade no corpo.


Mas existe um outro fator que precisa ser descrito:

O efeito dos hormônios da ansiedade.

Mas que hormônios são esses? Segura a ansiedade.


sinapse cerebral acontecendo

Vamos dividir por categoria para ficar mais simples: hormônios do estresse, hormônios sexuais e hormônios da tireoide. Todos eles influenciam, em diferentes graus, a ansiedade, afetando o nosso corpo e mente.

Hormônios Sexuais (testosterona, estrogênio): Você deve estar se perguntando: “O que os hormônios sexuais têm a ver com isso?”. Pois bem. Muitos estudos mostram que a falta de testosterona e os baixos níveis de estrógeno podem contribuir com o aumento e os sintomas de ansiedade, respectivamente. Mas não só isso. A testosterona atua parcialmente na liberação do cortisol – desencadeado pelo estresse.

Hormônios do Estresse (Adrenalina, Cortisol): Em uma situação real de ameaça, onde você passa por momentos de estresse intensos, seu corpo libera a Adrenalina e o Cortisol para te ajudar a lidar com aquilo que você está enfrentando e, ao mesmo tempo, te preparar para agir. Porém, quando essa ameaça não é real, mas o teu corpo não sabe, esses hormônios despejados de forma excessiva no organismo fazem com que a ansiedade aumente. É uma bola de neve, porque, ao mesmo tempo que esses hormônios atuam no aumento da ansiedade, ela, por si só, também atua sobre eles, liberando-os no corpo.


Hormônios da Tireoide: Esse hormônio atua provocando sintomas físicos, como: aumento da frequência cardíaca, palpitações, tremores e aumento da transpiração.


Ok, mas existe o contrário, fique calmo. Assim como o corpo produz "hormônios da ansiedade" que influenciam negativamente na ansiedade, aumentando os seus níveis, tem aqueles que impactam de forma positiva, reduzindo-a.


Ufa! Sempre tem um hormônio no fim do túnel para salvar. E quem são eles?


Ocitocina: Isso mesmo, o famoso hormônio do “amor”. Ao mesmo tempo que atua como hormônio, ele também age como um poderoso neurotransmissor cerebral. Produzida no hipotálamo e transportada e secretada pela glândula pituitária, ela é liberada durante o contato com pessoas queridas e ajuda a aliviar a ansiedade, pois promove o relaxamento e a confiança no outro.


Vasopressina: Ela é responsável por regular o equilíbrio dos fluidos corporais, a ansiedade, o estresse e o comportamento social. Também produzida no hipotálamo e liberada pela glândula pituitária, a Vasopressina atua na união de pares e respostas maternas ao estresse.


E tem mais dois: Testosterona e Estrogênio. Ué, mas eles não são os responsáveis pelo aumento da ansiedade? Sim e não. Tudo depende da intensidade e da quantidade. Ou seja, eles são uma faca de dois gumes.

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